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- Author: motostorybr
- Posted: January 21, 2019
- Category: Galeria
Até tú, Beeler? Fotógrafo?
A surpresa número dois de 2018. Conheci Roland Josef Beeler nos anos 80 quando o Trial se organizava no Brasil. Depois do sucesso do Trial Indoor organizado por Pedro Faus em 1985 no Ginásio do Ibirapuera, com a presença dos maiores campeões mundiais daqueles tempos: Giles Bourgat, Thierry Michaud, Eddy Lejeune, Andreu Codina e a revelação Jordi Tarres, entre outros, a modalidade ganhou espaço no Brasil? O melhor brasileiro daquela prova? Eu mesmo, Carlãozinho Coachman. Até no programa do Fausto Silva, Perdidos na Madrugada eu apareci. Depois disso as provas se seguiram e novos adeptos foram se juntando, entre eles a família Beeler, com o pai Roland e o filho Maurício.
Em 1987, a CBM resolve organizar o primeiro Campeonato Brasileiro de Trial, disputado em 9 etapas, divididas em três estados brasileiros. SP, RJ e MG. Era preciso viajar. O grupo, que já era razoável em São Paulo, tinha Pippo Estanislau do Amaral, (hoje BMW), Freddy Tejada, (hoje Casa Fernandes de Pneus) e primeiro Campeão Brasileiro de Trial, Rodrigo Moutinho (ex-Harley e hoje Yamaha), Carlos Penteado, os Beeler pai e filho, o Ricardo Lancellotti de Jesus e o irmão KDra, (ex-ESPN e um super atleta de Duas Rodas até hoje) ainda nas bicicletas, eu e o Carlão (fui o Vice-campeão naquele ano), Luis Filipe Pessoa (ex-Bosch), o “Amiguinho” Rubens Pontes de Farias, pioneiro na importação de Mountain Bikes para o Brasil, e mais uma galera, além das turmas de Minas, Paraná e Rio de Janeiro, principalmente.
Falei tudo isso apenas para colocar o Roland na conversa. Ele, além de piloto de moto, era também piloto de testes de uma fabrica de caminhões. O Dr. Moutinho, pai do Rodrigo, tinha um Motorhome Scania enorme. Foi então começamos a viajar com as motos no caminhão de testes e a turma de São Paulo no Motorhome Beep Beep! Foi um ano INESQUECÍVEL!
O tempo passa, o tempo voa, e em 2018 nem a Poupança Bamerindos, nem o banco, existem mais, mas o Roland, continua numa boa! (esta é para os iniciados). O fone toca: “Carlãozinho? Roland! Você está em Indaiatuba? Preciso te ver para mostrar umas coisas que quero dar para o Motostory!” Passamos alguns anos longe mas ele sabia de mim e eu dele. Imaginei que fossem coisas de nossa época juntos nos anos de Trial. Aí, o cara entra aqui no escritório em Indaiatuba, vindo de Atibaia onde mora, com alguns álbuns debaixo dos braços. “Sabe… um dos meus hobbies sempre foi fotografia. Como eu e meu irmão sempre fomos fãs de fora de estrada, nós viviamos fazendo trilha por ai, seguindo provas amadoras de cross (para participar) ou indo atrás das corridas de verdade, para vermos de perto “Os Caras” da época. Estas fotos são minhas, eu cliquei, revelei e ampliei lá em casa. Tínhamos um pequeno laboratório eu e minha mulher. Tó! São para o Motostory!”
O queixo caiu! O cara se diz fotografo amador apenas pelo fato de nunca ter feito fotografia para ganhar dinheiro. Mas a qualidade… sem comentários… veja você mesmo.
Na segunda visita do Roland ao escritório, com mais fotos e muitas delas já digitalizadas, até liguei para o amigo Fran Bartowsky, daqui da cidade mesmo e piloto de cross das antigas e falei: “Não sei o que você está fazendo, mas se não for caso de vida ou morte, vem pra cá ver uma coisa.” Ele veio e ficou boa parte do dia aqui, enxugando o queixo de tanto que babava.
Para ver apenas a primeira parte do material doado pelo “amador” Roland Beeler, clique nas imagens da galeria, leias as legendas, e aprecie, mais uma vez, sem moderação!
Caraca, cada moto sensacional! Os caras faziam cross de camiseta, sem cotoveleira, que louco! Fotos incríveis as desse amigo seu. E a Montesa, que lindeza de moto! Palmas pra ele. ??????
Que bom que gostou Aloísio. Nas corridas nunca se andava sem camisa, capacete, óculos e bota… muitas vezes a calça era Jeans, mas os que se dedicaram ao esporte de cara, foram buscar melhores equipamentos. Era o começo e estes eram nossos pioneiros. O gostoso deste acervo é que ele é privado, e seguia incognito até o dia da sua publicação pelo Motostory, graças ao amigo Roland.