Carlos Ourique Scateninha – Motostory Brasil https://d87.281.myftpupload.com A História da Motocicleta no Brasil Mon, 21 Jan 2019 20:51:07 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 https://d87.281.myftpupload.com/wp-content/uploads/2016/09/cropped-MOTOSTORY_LOGO_OLDIE2_MS2-32x32.jpg Carlos Ourique Scateninha – Motostory Brasil https://d87.281.myftpupload.com 32 32 Até tú, Beeler? Fotógrafo? https://d87.281.myftpupload.com/pt/ate-tu-beeler-fotografo/ https://d87.281.myftpupload.com/pt/ate-tu-beeler-fotografo/#comments Mon, 21 Jan 2019 20:46:05 +0000 https://motostory.com.br/?p=2567 A surpresa número dois de 2018. Conheci Roland Josef Beeler nos anos 80 quando o Trial se organizava no Brasil. Depois do sucesso do Trial Indoor organizado por Pedro Faus em 1985 no Ginásio do Ibirapuera, com a presença dos maiores campeões mundiais daqueles tempos: Giles Bourgat, Thierry Michaud, Eddy Lejeune, Andreu Codina e a revelação Jordi Tarres, entre outros, a modalidade ganhou espaço no Brasil? O melhor brasileiro daquela prova? Eu mesmo, Carlãozinho Coachman. Até no programa do Fausto Silva, Perdidos na Madrugada eu apareci. Depois disso as provas se seguiram e novos adeptos foram se juntando, entre eles a família Beeler, com o pai Roland e o filho Maurício.

Carlãozinho Coachman, o melhor brasileiro no Trial Indoor do Ginásio do Ibirapuera em 1985. Organização da revista Motosport / Pedro Faus, a participação de Carlão Coachman e com a locução de ninguém menos que o mito de Minas Gerais, o grande Zezito, cobertura do Bike Show, de João Mendes – Foto Reprodução Revista Motosport

Em 1987, a CBM resolve organizar o primeiro Campeonato Brasileiro de Trial, disputado em 9 etapas, divididas em três estados brasileiros. SP, RJ e MG. Era preciso viajar. O grupo, que já era razoável em São Paulo, tinha Pippo Estanislau do Amaral, (hoje BMW), Freddy Tejada, (hoje Casa Fernandes de Pneus) e primeiro Campeão Brasileiro de Trial, Rodrigo Moutinho (ex-Harley e hoje Yamaha), Carlos Penteado, os Beeler pai e filho, o Ricardo Lancellotti de Jesus e o irmão KDra, (ex-ESPN e um super atleta de Duas Rodas até hoje) ainda nas bicicletas, eu e o Carlão (fui o Vice-campeão naquele ano), Luis Filipe Pessoa (ex-Bosch), o “Amiguinho” Rubens Pontes de Farias, pioneiro na importação de Mountain Bikes para o Brasil, e mais uma galera, além das turmas de Minas, Paraná e Rio de Janeiro, principalmente.

Até tú, Roland? Fotógrafo dito amador apenas porque não vivia da fotografia, porque a qualidade… Foto: Acervo Roland Beeler

Falei tudo isso apenas para colocar o Roland na conversa. Ele, além de piloto de moto, era também piloto de testes de uma fabrica de caminhões. O Dr. Moutinho, pai do Rodrigo, tinha um Motorhome Scania enorme. Foi então começamos a viajar com as motos no caminhão de testes e a turma de São Paulo no Motorhome Beep Beep! Foi um ano INESQUECÍVEL!

O tempo passa, o tempo voa, e em 2018 nem a Poupança Bamerindos, nem o banco, existem mais, mas o Roland, continua numa boa! (esta é para os iniciados). O fone toca: “Carlãozinho? Roland! Você está em Indaiatuba? Preciso te ver para mostrar umas coisas que quero dar para o Motostory!” Passamos alguns anos longe mas ele sabia de mim e eu dele. Imaginei que fossem coisas de nossa época juntos nos anos de Trial. Aí, o cara entra aqui no escritório em Indaiatuba, vindo de Atibaia onde mora, com alguns álbuns debaixo dos braços. “Sabe… um dos meus hobbies sempre foi fotografia. Como eu e meu irmão sempre fomos fãs de fora de estrada, nós viviamos fazendo trilha por ai, seguindo provas amadoras de cross (para participar) ou indo atrás das corridas de verdade, para vermos de perto “Os Caras” da época. Estas fotos são minhas, eu cliquei, revelei e ampliei lá em casa. Tínhamos um pequeno laboratório eu e minha mulher. Tó! São para o Motostory!”

Niva em Interlagos, mas desta vez na pista de cross, treinando para o Latino Americano – Click de Roland Beeler, “apenas” um fotógrafo amador!

O queixo caiu! O cara se diz fotografo amador apenas pelo fato de nunca ter feito fotografia para ganhar dinheiro. Mas a qualidade… sem comentários… veja você mesmo.

Na segunda visita do Roland ao escritório, com mais fotos e muitas delas já digitalizadas, até liguei para o amigo Fran Bartowsky, daqui da cidade mesmo e piloto de cross das antigas e falei: “Não sei o que você está fazendo, mas se não for caso de vida ou morte, vem pra cá ver uma coisa.” Ele veio e ficou boa parte do dia aqui, enxugando o queixo de tanto que babava.

Para ver apenas a primeira parte do material doado pelo “amador” Roland Beeler, clique nas imagens da galeria, leias as legendas, e aprecie, mais uma vez, sem moderação!

 

 

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Os especialistas: parte 1 https://d87.281.myftpupload.com/pt/os-especialistas-parte-1/ https://d87.281.myftpupload.com/pt/os-especialistas-parte-1/#comments Wed, 01 Nov 2017 10:17:47 +0000 https://motostory.com.br/?p=2001 Ao longo da trajetória de mais de 100 anos de história no Brasil, as motocicletas foram abrindo caminho, criando rotas, arrebanhando fãs, gerando negócios, proporcionando experiências. Era natural que tudo isso fosse transformado em notícias e que estas fossem sendo publicadas, difundidas ao longo dos anos.

No começo de tudo não havia ainda os especializados. Tudo era novidade e aquele monstrengo de duas rodas e um motor barulhento e fumacento, ia aos poucos ganhando, ou curiosos, ou fãs mesmo, e, lentamente, cobrando cada vez mais espaço.

No princípio do século XX, as motos começaram a aparecer nos jornais impressos, os poderosos meios de comunicação da época. Aos poucos, muy lentamente, a paixão pela motocycleta foi crescendo, e o numero de adeptos e fãs também. As agremiações, clubes, grupos e competições foram surgindo. Os negociantes, os aficcionados, os corredores e primeiros ídolos, passaram a “precisar” de um espaço para chamar de seu. Assim, foram criados os primeiros veículos de comunicação especializados.

Como não cansamos de repetir, o primeiro veículo especializado de que temos notícia (sempre existe a chance de encontrarmos algo ainda mais antigo), se é que podemos chamar de especializado, foi um Semanário publicado no Rio de Janeiro, então capital federal, chamado Fon Fon. Não era especializado em motos, nem propriamente em carros, o principal chamariz na época do primeiro editorial em 13 de Abril de 1907, mas uma revista de actualidades, muito bem humorada por sinal.

Para explicar melhor a vocação da publicação, nada como repetir aqui tanto as explicações técnicas, como o primeiro editorial. Impagáveis!

Logotipo do semanário FON FON! de 13 de abril de 1907

FON FON

SEMANÁRIO ALEGRE, POLÍTICO, CRÍTICO E ESFUSIANTE

Noticiário Avariado, Telegraphia sem Arame, Chronica Epidêmica

Tiragem: 100.000 kilômetros por hora

Collaboração de graça, isto é, de espírito

FREGUESIA

POUCAS palavras apenas, á guiza de apresentação.

Uma pequena… “corrida”, sem grandes dispendios de “gazolina”, nem excessos de velocidade.

Para um jornal agil e leve como o FON FON!, não pode haver programma determinado (devíamos dizer distância marcada).

Queremos fazer rir, alegrar a tua boa alma carinhosa, amado povo brasileiro, com a pilheria fina e a troça educada, com a gloza innofensiva e gaiata dos velhos habitos e dos velhos costumes com o commentário leve ás cousas da actualidade.

Em todo caso, isto já é um programma, felizmente, fácil de cumprir, muito mais facil do que qualquer outro, com considerações a attender, e preconceitos a respeitar.

O editorial segue, mas se voce quiser saber mais sobre o FON FON vá em https://goo.gl/p5Qt4z

Esta certo que não se trata da primeira publicação a falar especificamente de moto, mas uma generalista bem humorada e antenada em “actualidades da vida modernna” como Automóveis e Motocycletas, recém chegadas ao país.

Depois de Fon Fon temos um hiato ainda por desvendar.

Já nas décadas de 40 e 50, duas publicações abordavam o tema com profundidade e assiduidade, estas sim focadas no tema. O Jornal “O Guidão“, que tinha como tema bicicletas e motocicletas, e a Revista “Motociclismo“, esta focada apenas em motos.

 

24 de junho de 1949 – O Guidão: Semanário do Ciclismo e do Motociclismo – Custava apenas Cr$ 0,80 (oitenta centavos de cruzeiros)

 

Ambos foram publicados por um bom período até que seus rastros desapareceram. Dos exemplares que temos em nossas mãos não conseguimos extrair informações sobre os editores de O Guidão, mas na edição No1 da Motociclismo, sua equipe aparece com destaque.

Revista Motociclismo N1 de julho de 1949 – Expediente –  Eloy Gogliano e Wilson Fittipaldi (está escrito Fittipapaldi), o “Barão.”

 

Motociclismo No 1 – julho de 1949 – Uma frase do editorial 1 – “Decidimos, pois, a criar uma revista porta voz dos cultores do arrojado esporte e congregador da familia motociclistica brasileira.” Interessante observar que a capa da edição numero 1  trazia o Esporte como tema, ou seja, a emoção da motocicleta, o arrojo, o piloto, o ídolo… e mais, mostrava um acidente de moto… impensável para os dias de hoje. Lembrando ainda que a Segunda Grande Guerra havia terminado a apenas 4 anos… ou seja, um tombo de moto pouco representava naquele contexto.

 

Em 1974, depois de longo e tenebroso inverno sem especializadas, e impulsionada pela chegada das fabricantes japonesas Yamaha e Honda, e posterior inicio da produção nacional de motocicletas, a editora Chacaras e Quintais decide ousar e lança “2 Rodas Motociclismo“. Era o início da produção nacional de motocicletas, mas ainda assim era possível “vender” esporte e emoção na capa.

 

Capa da edição N1 de 2 Rodas Motociclismo, de Julho/Agosto de 1974 – 25 anos depois daquela Motociclismo de 1949, na capa de uma N1 novamente o Esporte. Aliás, o novo esporte do momento, o Motocross, com o Uruguaio Gustavo Cerdeña, que disputava provas no Brasil regularmente. Eu, Carlãozinho Coachman, comecei como colaborador na edição de Dezembro de 1982 e permaneceria realizando testes e materias até 1996. (Duas Rodas ainda é publicada e impressa em papel, regularmente, até os dias de hoje. Veja mais em http://www.revistaduasrodas.com.br/)

 

Hoje, olhando para os títulos que viriam em seguida, e as transformações editoriais dos produtos que resistiram ao tempo, é possível notar claramente uma mudança no perfil do mercado consumidor (não apenas de revistas) e na forma como o “mostrar a motocicleta” foi mundando ao longo do tempo.

 

Na década seguinte novas empresas resolvem entrar no mundo editorial especializado em moto. Com o mercado ainda fechado aos produtos importados e com uma indústria nacional se fortalecendo, o glamour das motos grandes e das competições com motos especias nas capas, vai gradativamente dando espaço ao “produto” motocicleta. Ainda assim, na cabeça do consumidor a motocicleta segue significando sonho. É possível perceber a mudança de comportamento editorial, migrando do “life style para poucos” em direção ao “transporte para muitos”, o que por si só significa mudança no estilo de vida do motociclista brasileiro. Ainda assim, comprar revistas não é hábito das grandes massas, por isso mesmo elas permanecem relativamente elitizadas sem nunca tirar os olhos das motos de sonho.

 

Na virada dos anos 80, uma nova leva de publicações especializadas é lançada, com a chegada de Moto 4 Rodas, Motocross (mais tarde Motosport) e ainda a Motoshow.

 

Capa da edição N1 de Moto 4 Rodas, em 1982, da Editora abril, que tinha em sua equipe do grande jornalista Emilio Camanzi (para mim apenas Tio Emilio). A revista não existe mais, embora a Editora Abril tenha tentado outras vezes. Mas, o que ninguém lá nunca entendeu é que a marca Quatro Rodas, neste caso, nunca ajudou. Quem quiser saber de Emilio Camanzi hoje, acesse https://goo.gl/8FnHMA

 

Fevereiro de 1983 – Motocross N1 – Um trecho do editorial: “Motocross é uma revista jovem, que nasce com um impulso vibrante que só uma equipe de profissionais igualmente jovens e dinamicos , com a criatividade a todo vapor, poderia realizar.”  Detalhe: Alguém notou no nome da revenda Honda no peito do Carlos Ourique Scateninha???? O mesmo nome da camisa de Cerdeña na N1 de 2 Rodas em 1974… checa lá! O maestro da iniciativa? Pedro Faus, que entre outras coisas lançaria Alex Barros no Mundial, daria espaço para um ainda pouco conhecido jornalista Celso Miranda, criaria a Amparo Motos (onde começou a carreira o Maurinho Giordano da RM Racing) e a Amparo Racing, responsável pela permanencia de Rodney Smith no Brasil, pelas carreiras de Claudio Teixeira (parte dela) e Jorge Negretti, pela equipe Motosport onde competiu, além de Barros, também Antonio Jorge Neto (Netinho) sem falar nos Mundiais de Motocross em Campos de Jordão e do Trial Internacional do Ginásio do Ibirapuera, onde o melhor piloto brasileiro foi este que vos escreve. Ta bom agora? Mas Pedro Faus é assunto para uma outra matéria.

 

Março de 1983 entra em cartaz a Revista Motoshow, publicada pela Editora 3, e que nasceu em grande estilo, tendo como comandantes a dupla Gabriel Hochet e Marc Petrier, (Chefe da área de comunicação da F.I.M. por décadas depois de deixar Motoshow) além de Antonio Geremias e Fernando Calmon… tá bom pra voce? De cara os colunistas eram Tucano, Moronguinho, Eloi Gogliano, Ayres Mascarenhas e Carlão Coachman – tá bom pra você 2? Tem mais: mais tarde outra dupla de peso faria história nestas paginas – Roberto Agresti e Quinho Caldas, fundadores da Revista da Moto! anos mais tarde.

 

Na década seguinte, anos 90, mais mudanças com a chegada da A revista da Moto!, Dirt Action e Motociclismo.

 

1994 – Depois que a Editora Três decidiu transformar a Revista Motoshow em Motorshow e focar principalmente em carros, Roberto Agresti e Quinho Caldas decidem criar A Revista da Moto! para felicidade do mercado. Seguiam com a mesma pegada de antes, mas agora donos do próprio nariz, com forte vocação para o esporte e conexões internacionais de peso. A capa da edição N1 destaca “produto”. Dias atrás recebemos a triste notícia de que a revista deixava de ser publicada, depois de mais de duas décadas de muito trabalho de qualidade bem realizado. Sinal dos tempos.

 

O crescimento vertiginoso do mercado de motocicletas e a reabertura das importações dá um novo impulso também ao mercado editorial, que passa a se diversificar. Diferente da Revista Motocross (mais plural e que se transformou em Motosport antes de fechar), a Dirt Action vem focada 100% no fora de estrada. Muito esporte, produtos e pilotos, mas 100% terra. Uma ousadia que se mostrou certeira, já que a revista segue, apesar dos desafios. Veja mais em http://revistadirtaction.com.br/

 

Março de 1995 – Nasce a Revista Dirt Action pelas mãos do quinteto Darcy P. Di Pompo Jr, Hilton Tsujimura, Jackson T Adisaka, Marcos Evangelista e Moacir Frattini, o Moa, tendo como editor Celestino Flaire. Logo o quadro de sócios mudaria para Darcy, Hilton, Esdras e Cele… Na publicidade Marcos Barros (mais tarde MotoAdventure) e como jornalista responsável e colaborador Jota Santana. Na capa da N1 o jovem talento de Rafael Ramos (6), no miolo a coluna de Jorge Negretti e a matéria sobre o ainda criança Paulo Stedille, “a nova geração”. Para ver mais sobre a Dirt Action: http://revistadirtaction.com.br/

 

Janeiro de 1998 – Para comemorar a criação da Motorpress Brasil Editora, Isabel Reis e Sergio Quintanilha escalam Gabriel Marazzi e Marcel Mano para lançarem a Motociclismo Magazine. Eu, Carlãozinho Coachman, me juntaria à equipe em Agosto do ano seguinte, ao lado de Roberto Ferreira. Naquela época fui apresentado ao filho de um amigo do “Quinta”, preparador do Kart dele, um tal de Vail Paschoalin. Ele tinha um fillho meio perdido na vida, Rafael Paschoalin, que precisava de uma oportunidade de emprego. Ao assumir o comando da revista, com a parceria de Raul Fernandes Junior, decidimos dar ao Rafa a oportunidade que ele queria. Deu no que deu. A Motorpress deixou o Brasil recentemente, mas a Motociclismo segue firme nas mão de Isabel Reis e equipe: Renato Vieira, PC Farias, Gabriel Berardi, Marcelo de Barros e Andrea Guimarães. O foco principal da revista desde sempre? Produto. Para ver mais sobre a Motociclismo: http://motociclismoonline.com.br/

 

Os anos que se seguiram foram os mais prósperos para o mercado de motocicletas. O Brasil seria reconhecido como potencia mundial e praticamente todas as marcas de moto acabaram aportando por aqui. Muitas através de importadores oficiais, para depois assumirem como subsidiárias.

 

Mais marcas e mais modelos disponíveis permitiram uma nova guinada no mercado editorial. Surgem novos títulos ainda mais segmentados, com nova abordagem editorial. Também o crescimento da internet é uma realidade transformadora. Os primeiros sites ganham espaço e, num passado mais recente, os indivíduos, através das midias sociais, passam a ter relevância como Digital Influencer, uma nova abordagem para a comunicação, ainda em fase de maturação. Mas isto tudo é tema para a próxima.

 

Nota do Editor de Motostory: “Antes que alguém fale alguma coisa, cabe reforçar que muito mais publicações do que as que aqui estão aconteceram ou acontecem ainda durante todos estes anos, em diferentes formatos. Estamos providenciando mais imagens e capas e prints para publicarmos a segunda (ou terceira, quarta…) parte, em um novo post, sem esquecermos dos jornais especializados que tivemos. Na próxima, falaremos das revistas lançadas à partir de 2000…  E ainda temos jornais, sites… por isso, calma, ok?”

 

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Encontros Motostory: Pioneiros do Cross https://d87.281.myftpupload.com/pt/encontros-motostory-pioneiros-do-cross/ https://d87.281.myftpupload.com/pt/encontros-motostory-pioneiros-do-cross/#respond Wed, 08 Apr 2015 19:09:21 +0000 https://motostory.com.br/?p=964 Foi no dia 8 de abril de 2015 que o Motostory proporcionou o reencontro de Pedro Bernardo Raimundo, o Moronguinho, Roberto Boettcher e Alvaro Cândido Filho, o Paraguaio, depois de mais de 30 anos sem se reunirem. Este evento, que reuniu a nata da história do cross no Brasil, seus primeiros ídolos e gerações de campeões, aconteceu no Frangaria, em São Paulo, e contou com o apoio de Curtlo, Bieffe, Mormai Knee Braces, Casa Fernandes de Pneus, America Sports, Feltrin Motosport e Alemão Pneus.

08/04/2015 – Encontros Motostory: Motocross – Lendas do cross – Foto Haroldo Nogueira / Motostory

Além das três lendas mencionadas acima, foi uma noite para relembrar aquele que certamente foi o primeiro grande ídolo do motocross nacional, Nivanor Bernardi. Uma de suas motos, uma Yamaha MX 250 de 1973, hoje na coleção da Sacramento, foi cedida pela Motorani e exposta no evento, modelos raro de se ver no Brasil, graças às regras de importação temporária para estas motos vigentes naqueles anos de importações proibidas. A grande maioria das motos de nosso ídolos era devolvida para a receita federal na época, para serem destruídas. estas, Felizmente, se salvaram!

A Yamaha MX 250 de 1973 que pertenceu a Nivanor Bernardi (Motorani) – Foto Haroldo Nogueira / Motostory)

Mas a noite foi, como tem sido, de encontros e reencontros. Estiveram presentes alguns dos maiores pilotos de cross de todos os tempos, como Jorge Negretti, Carlos Ourique Scateninha, Mauricio Scarano, Nuno Narezzi, Claudio Teixeira, Roque Colmann, Geraldo Starling, João Toledo (sim, o Mr. Suzuki foi um dos grandes do cross paulista e brasileiro nos idos anos 70), Cristiano Lopes, Rafael Ramos e o então Campeão Brasileiro da MX2 Hector Assumpção, Rogerio Nogueira, hoje Deputado Estadual, Wellington Valadares e Léo Dias.

08/04/2015 – Encontros Motostory: Motocross – Moronguinho, Tucano, Paraguaio, Boettcher e Hector Assumpção – Foto Haroldo Nogueira / Motostory

Além destes, personagens que marcaram época como o empresário Pedro Faus, responsável entre outras coisas pela criação da equipe Amparo Racing, da Revista Motosport, das etapas de Mundial que aconteceram em Campos de Jordão e da ida de Alex Barros para o Mundial de Motovelocidade.

08/04/2015 – Encontros Motostory: Motocross – Pedro Faus e Claudio Teixeira – Foto Haroldo Nogueira / Motostory

Antonio Sequeira, ele próprio um ex-campeão de Motovelocidade e ex-chefe de competições da Honda durante a era de ouro de Moronguinho, Paraguaio, Paraibinha e tantos outros.

08/04/2015 – Encontros Motostory: Motocross – Moronguinho e Antonio Sequeira – Foto Flavio Graná / Motostory

No dia do evento, sempre um desafio para nós do Motostory, momentos inesquecíveis dentro do carro com Moronguinho e Boettcher. No meio da conversa, soltei: “Ai Seu Elói, como dói!” Moronguinho caiu na gargalhada… Disse a ele: “Foi meu pai quem disse que, de quando em quando, ouvia você soltando esta frase para o Eloi Gogliano.”… sem conseguir para de rir, Moronguinho confessou: “É verdade! a primeira vez estávamos em um Latino Americano, se não me engano. Como corríamos as duas categorias, 125 e 250, e cada uma delas tinha treinos, tomada de tempo e duas baterias cada, ficávamos destruídos no final do dia. Estava alinhado para a largada da ultima bateria de 250 e o antebraço estava dolorido. Eu mexia nele quando o Eloi se aproximou com aquela cara de que pergunta – O que foi, que cara feia é essa? – respondi na – Ah Seu Eloi, como dói! – e o Carlão deveria estar por perto… Como você foi lembrar disso, Carlãozinho?

Nivanor (11) e Moronguinho (1): “Olhando para a moto do Niva está o Joel da Motoryama, meu primeiro patrocinador. Olhando para minha está o Borgoni, meu mecanico e preparador, grande amigo.” Foto e legendas Acervo Moronguinho / Motostory

 

Essas e outras histórias foram contadas durante o programa Supermotor, do Bandsports, comandado pelo amigo Celso Miranda, ele próprio um Motostory.

08/04/2015 – Encontros Motostory: Motocross – Maurinho, Moronguinho, Celso Miranda, Paraguaio, Flavio Grana e Boettcher – Foto Flavio Graná / Motostory

 

Realização: Motostory – A História da Motocicleta no Brasil

Patrocinio: CURTLO, Alemão Pneus, Casa Fernandes de Pneus, Bieffe, Mormaii Knee Braces

Co-Patrocínio: Feltrin Motosport, America Sports

Apoio: CBM, FPM, SHEZ Fotografia, Tayo, Moto 1000 GP, Band Sports (Você Merece), Frangaria, Boi Motos, Sig Visual

 

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