Eventos – Motostory Brasil https://d87.281.myftpupload.com A História da Motocicleta no Brasil Fri, 25 Jan 2019 11:05:31 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 https://d87.281.myftpupload.com/wp-content/uploads/2016/09/cropped-MOTOSTORY_LOGO_OLDIE2_MS2-32x32.jpg Eventos – Motostory Brasil https://d87.281.myftpupload.com 32 32 Fórmula Honda, 40 anos depois! https://d87.281.myftpupload.com/pt/formula-honda-40-anos-depois/ https://d87.281.myftpupload.com/pt/formula-honda-40-anos-depois/#respond Thu, 20 Dec 2018 21:48:45 +0000 https://motostory.com.br/?p=2486 Vamos por partes, como diria aquele inglês… como ele se chamava mesmo? Jack!

Quando a Fórmula Honda foi apresentada em 1978, eu ainda não tinha completado meus 13 anos, mas já andava de moto há algum tempo e estava seduzido pelo ambiente. Já ia a Interlagos com o pai e já tinha sido apresentado ao Tio Eloy (Gogliano), e inclusive conhecia a sala dele, no Centauro, lá na São João. Também tinha na memória a figura daquele cara grande e barbudo chamado Abdala (1). Sabia que ele era algum tipo de chefe. Ele e um tal de Zé Galinha (Carlos Paes de Almeida), além do Eloy, foram os primeiros a abrirem espaço para o Carlão no Centauro, na FPM e CBM. Por isso, olhar para os documentos da época provocam um sentimento diferente daquele que aflora quando encontro com outros, mais antigos. Uma foto ou reportagem rara, de 1900 e pouco, emociona bastante, mas as suas próprias lembranças de criança, emocionam diferente. Ah! Detalhe: Na galeria de imagens o regulamento da FH em 1978.

Aí, o tempo passa, e vários outros personagens daqueles tempos vão aparecendo na sua vida. Passam a fazer parte. Por coisas assim, vou me estender um pouco na matéria de hoje para falar de pessoas e do significado do Encontro Motostory, realizado na e com o patrocínio da Moto Remaza, com o apoio da Riffel e do Alemão Pneus no dia 8 de dezembro de 2018. 

Para ajudar a falar destas pessoas, abaixo uma das imagens que mais marcou o dia, quando reunimos pilotos, autoridades e membros das equipes da época e de hoje, para uma foto. Muito mais gente legal estava lá, mas esta foto reúne aqueles que de alguma forma participaram do lançamento da FH. Falta ai apenas o Antonio Sequeira, responsável técnico da categoria e que chegou poucos minutos depois da foto.

                                                Grupo homenageado pelo Motostory pelos 40 anos da Fórmula Honda na Moto Remaza. Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria

Na foto acima, a lista de parte dos presentes: 1. Wilson Abdala, 2. Gilberto Suzuki Penteado, 3. Ciganinho e Erick Adib, 4. João Carlos Barreiros, 5. Waldir Carmona, 6. Wilson Yasuda, 7. Mario Tamburro (escondidinho), 8. Rogério Moreira, 9. Agnaldo Charuto Serra, 10. Gadó, 11. David Takeo “Respect”, 12. Vail Paschoalin, 13. José Cohen, 14. Juvenal Nogueira, 15. Alexandre Zaninotto (Moto Remaza), 16. Carlãozinho Coachman (Motostory), 17. Josias Silveira, 18. Dudu Machado, 19. Paulo Salomão Nicholau, 20. Antônio Contreras, 21. Gilberto Donini, 22. Luiz Ventrilo, 23. José Gonsalves, 24. Edu Zampieri, 25, Gustavo Ceccarelli, 26. Ruy Nakaya, 27. Sidney Scigliano, 28. Paulo Mansi, 29. Marcos Morruga, 30. Zé Testa, 31. Santo Feltrin, 32. Arthur Costa, 33. Marcos Pasini, 34. Rivalino Santana, 35. Roney Marcos Moreira e 36. João da Light (Embaixador Motostory).

Da lista de pessoas envolvidas no lançamento do evento, tenho forte na lembrança aqueles que citei acima. No final dos anos 70, marcaram minha memória Denísio Casarini, Adu Celso, Edmar Ferreira, Paulé e Tucano na velocidade. No Cross foram Nivanor, Boettcher, Scateninha e Moronguinho. Agnaldo Charuto Serra também já fazia parte da minha memória desde aquele tempo. Pequenino, “Já era um monstro como mecânico e um piloto e tanto” dizia meu pai. Me lembro da primeira vez que o encontrei, junto com meu pai, e o vi segurar uma moto ficando de pé ao lado dela. Engatava primeira, acelerava e soltava a embreagem, para então correr ao lado dela e montar. Ao parar no sinal vermelho era obrigado a pular fora da moto. Na maioria das vezes não dava pé.Como esquecer.

 

Agnaldo Charuto Serra já era uma lenda como piloto e como mecânico. Imagem arquivo pessoal.

Desta turma lá de cima, pouco mais velhos do que eu, lembro do conjunto, lembro da corrida, mas… de 1978… confesso que não era para onde eu, um legítimo pré-adolescente, olhava.

Na virada dos anos 80, vários desta lista começaram a entrar na minha vida em relacionamento direto, pessoal. Josias Silveira (17) era o chefe da Revista Duas Rodas quando Roberto Araújo me convidou para participar. As fotos eram todas feitas por Mario Bock. Minha carta de moto tirei com Wilson Yasuda (6), que coordenava a Escola de Pilotagem da Honda. Acabara de completar 18 anos, fazia apresentações de moto para a Honda, e ele me disse: “Já tirou sua carta? Não? Então apareça lá na Honda que eu vou fazer a sua papelada. Paga o exame médico e faz a prova, porque andar de moto você já sabe, né Carlão!” Disse olhando para o meu pai.

Wilson Yasuda em seus primeiros anos na Honda participou da montagem do Centro de pilotagem, ajudou também na concepção da FH, e foi quem deu de presente ao Carlãozinho a oportunidade de tirar carta aos 18 anos. “Paga só o exame médico, vai ver umas aulas só para entender o teste, por que andar de moto você já sabe… e bem! – Foto acervo pessoal

Logo depois foram os irmãos Feltrin, Santo (31) e Cecílio… que entraram na minha vida, eu subindo de moto nos carros e eles dois empinando em uma só moto, fizemos apresentações em vários eventos e autódromos, dentre eles Jacarepaguá, no Rio, em um dia memorável de arquibancadas cheias e sol a pino. Detalhe: De lá pra cá Santo sempre esteve por perto, foi o Campeão de 1981 da FH, um dos primeiros a aceitar o desafio do Motostory (jamais esquecerei disso) além de uma carreira brilhante como piloto, ainda é revendedor e o mentor da carreira de Eric Granado. História segue sendo escrita.

Santo Feltrin, Campeão invicto de 1981, rindo sozinho ao sentar de novo em uma Fórmula Honda – Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

José Cohen (13) estava no Projeto H quando pegamos a XL 300 (criação deles) para teste na DR. Seria minha primeira capa. “Cuidado Carlãozinho e Mario Bock. Esta é a única que temos pronta!” A foto da capa ficou espetacular, mas 1 segundo depois da foto eu cai e amassei o cantinho do tanque. E para devolver para o Zé? 

Carlãozinho é capa da edição de dezembro de 1982 da revista Duas Rodas, a mesma em que a reportagem publicou matéria a respeito do dr. Carlão, dentista e “treieiro.” Um segundo depois da foto de Mario Bock, chão!

Bom, como o cara é da moto, apesar de ficar bravo, ele entendeu. Não é Zé??? De vez em quando não dá pra segurar.

A foto é história. Quem pilota motos pequenas sabe que salvar esta derrapada é praticamente impossível, não é Zé?

Milton Cigano Adib e Sidney Scigliano eu descobri recentemente que, juntamente com o Ryo Harada, eles devem ter cada um uns 170 anos de vida. Os caras já eram excelentes pilotos naquele tempo… começaram muito antes na verdade, e continuam sendo excelentes pilotos e absolutamente ativos no meio até os dias de hoje. Cigano que, entre outras coisas foi um mestre, nos deu seu filho, Ciganinho (3), que é ainda mais artista do que o pai… foi piloto também.

Os mitos Edmar Ferreira, Roberto Boettcher e Milton Cigano – Foto Eduardo Ibañez / ICGP Brasil

Já o Waldir Carmona (5) (olha o sobrenome do cara) é um daqueles personagens de que se tem referência a vida toda, e que praticamente toda vez que eu ia para Interlagos acabava encontrando. Além disso, foi também um bom amigo do pai. O Gadó (10), quem diria, também correu na FH, mas só nos encontramos de vez na época da Nacar, lá em Pinheiros. O Mamão, irmão dele, chegou a frequentar minha pista de cross lá em Itapecerica da Serra, no Parque de Esportes Lídia Coachman.

O Dudu Machado (18) apareceu cedo pra mim. Foi ele o criador da Honda FS (FuoriStrada) lá na Moto Jumbo, perto do Aeroporto de Congonhas. Uma trailzinha “Made in São Paulo” claro que chamou a nossa atenção. E não é que o pai já conhecia o cara também. Anos mais tarde Dudu me ajudou com a preparação da minha Montesa Cota 349 de Trial, quando eu competia no Brasileiro. Ele e Gualtiero Tognocchi. Dudu na Lapa e Gualtiero lá na Cetemo, em Pinheiros.

Dudu Machado e sua criação, a Honda FS 125

O Gilberto Penteado Suzuki (2) conheci em meus anos de Revista Motociclismo, bem mais recente. Quem me apresentou ele foi o Luis Carlos Braga, o Braguinha, que também foi ao evento. O Vail Paschoalin (12) fui “descobrir” já como o pai do Rafa, que me foi “oferecido” para ajudar na revista pelo Sergio Quintanilha, então sócio da Motorpress Brasil, para que eu desse “uma ajuda” ao moleque, filho do preparador de kart dele… “Ela anda meio perdido mas quer trabalhar com moto e nem sabe como. Dá uma chance para ele.” – me disse o Quinta. Foi assim que o Rafael Paschoalin (e o Vail) entraram na minha vida.

O Edu Zampieri (24) e o Gustavo Ceccarelli (25) , pilotos de edições mais recentes da FH, foram diferentes. Gustavo conhecia bem o Carlão, pois o pai chefiava vistorias técnicas e direção de prova quando ele iniciava sua carreira. Fomos ter contato pessoal mais tarde, quando meu pai faleceu e ele me mandou uma carta emocionada para a revista, contando uma história sobre o Carlão e o Gualtiero, uma ajuda em Interlagos e como os dois conheciam as histórias dos Ceccarelli que hoje o Motostory está divulgando. (Veja uma historinha de Ceccarelli em https://www.facebook.com/motostory.br/videos/340182796799877/ )

Constante Ceccarelli, bisavô do Gustavo, em foto de Campinas tirada nos anos 1920. Foto Motostory / Acervo Ceccarelli.

O Edu (Minhoca para os amigos) tinha voltado dos EUA, feito cursos de pilotagem por lá, e queria entrar na imprensa especializada. Já nos conhecíamos do cross, mas na revista não havia espaço naquela época. “Perdemos” o cara para a Revista da Moto! mas nunca perdemos a amizade… muito pelo contrário. Daquelas ligações que a moto faz com a gente. Antes de virar o homem de testes de pneus da Pirelli, Edu foi também editor da própria Motociclismo algum tempo atrás.

Não me lembro quando foi que vi o Ruy Nakaya (26) pela primeira vez na minha vida, sei que faz tempo… muito… mas saber que ele também estava na FH não foi exatamente uma surpresa. Ruy passou anos a serviço da Honda e por ser um motociclista nato, a empatia entre nós foi imediata. Hoje, o mercado ainda desfruta de todo seu conhecimento, já que ele agora integra os quadros da Abraciclo, assim como Yasuda.

Makaya, Nakaya, Sequeira e Yasuda… acho que está bom para dar início a uma tal de Fórmula Honda.

 

Do Antonio Sequeira, que está na foto de cima (entre Ruy e Yasuda) e abaixo pilotando aos lado de Josias Silveira na apresentação da categoria, também conheci em seguida. Com ele à frente das equipes de competição da Honda fizemos muita coisa. Ele é até hoje um exímio piloto e não à toa foi Campeão Brasileiro de Velocidade, pilotando a icônica Honda MT 125 de 2T fabricada pela Cetemo de Gualtiero Tognocchi. Sim, você leu certo… ela era fabricada na Cetemo, uma verdadeira moto de competição brasileira. Andamos muito de moto juntos, fizemos apresentações e provas de trial, fomos a diversas corridas de motocross e com ele acabei amigo também do Pimenta (Alvaro Cândido Filho – O Paraguaio).

Josias Silveira (então Duas Rodas) e Antônio Sequeira, piloto e chefe da área de competições da Honda nos final dos 70 e início dos 80.

Ainda sobre esta celebração, sem Marcos Pasini e Ricardo Pupo (Motos Classicas 70), Wel Calândria (Classic Riders Brasil), Mauro Letízia (Pix Haus) e Ricardo Gizzi e Wladimir Candini (Oi Nêga! Content) e José Luiz Gonsalves e os embaixadores Wilson Yasuda e João da Light), as coisas não teriam saído tão legais como foram. Thanks!

Mas porque eu escrevi isto tudo? Para mostrar como uma iniciativa ampla e democrática como a da Fórmula Honda, em 1978, ofereceu inúmeras oportunidades a diferentes pessoas. E como, com o passar dos anos, estas oportunidades se multiplicaram em infinitas histórias. Assim como eu, que estava lá a passeio com meu pai, cada pessoa que você aborda, uma infinidade de histórias afloram para serem contadas. Muitas lendas também! Mas é para isso, e por isso, que fazemos o Motostory. 

 

Agora, existem os fatos, e as lendas…

Das lendas ou fatos, muito falou-se da transferência de potência pela rabeta ou pelo macacão, e também dos antídotos: a graxa debaixo do para-lama e ou o silicone no macacão. Lenda era que o Zé Cohen salvou a derrapada… fato é que não deu! Fato é que o Mansi empinou a FH na largada, fato ou lenda é que foi de propósito… ele jura que é fato, então vamos assumir como tal.

Fato 1: Cigano Adib não assinou sua ficha de inscrição da APM em março de 1978. Fato 2: Carlãozinho recuperou a ficha e Wilson Abdala cobrou a assinatura 40 anos depois, em 8/12/2018.

Fato 3: Mario Tamburro (que teve uma enorme carreira depois da FH) e milita na velocidade até os dias de hoje junto com seu filho, foi o vencedor da primeira prova.

Mario Tamburro foi o vencedor da prova de estréia da Fórmula Honda

Mas, o fato é que, em 1978, primeiro ano de um campeonato apenas regional (era parte do Campeonato Paulista), o Campeão da primeira edição da Fórmula Honda foi Antonio Emílio.

Manolo, de boina, e Antonio Emilio, campeões da primeira edição da FH em 1978

Em 1979 (já Campeonato Brasileiro) o Campeão Paulista e Brasileiro foi Paulo Mansi:

Paulo Mansi foi o Campeão em 1979, o primeiro Campeonato Brasileiro.

Em 1980 o Campeão Paulista e Brasileiro foi Almir Donato:

Almir Donato (5) na cola de José Cohen. Almir foi o Campeão em 1980.

Em 1981 o campeão invicto foi Santo Feltrin:

Santo Feltrin foi o Campeão em 1981

Em 1982 o Campeão foi Ivo Vieira Neto:

Ivo Vieira Neto foi o campeão da Fórmula Honda em 1982…

E, finalmente, a última temporada da Fórmula Honda 125, em 1983 teve como campeão Antonio Paeologo:

Antonio Paeologo foi o campeão da ultima temporada da Fórmula Honda 125…

 

Para comemorar tudo isso, só juntando a turma, 40 anos depois.

O macacão e o capacete de Waldir Carmona agora pertencem ao Remaza Collection. Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

O anfitrião e parceiro Motostory Alexandre Zaninotto falando com o Agnaldo Charuto. Ao fundo José Luis Gonsalves, quem empurrou para que o evento acontecesse! Valeu parceiros! Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

A réplica da FH do Marcos Pasini também foi. Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

Carlãozinho e Carlos Henrique Ponzio (da Toya Sports) na Homenagem aos 40 anos da Fórmula Honda, na Remaza. Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

Eu tinha que cumprimentá-lo ao lado de sua foto. Obrigado Charuto… por tudo o que você fez e faz pelo esporte a motor no Brasil. Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

A lenda “Charutinho” em 1978 e hoje. Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

A lenda Aguinaldo Charuto Serra na homenagem do Motostory aos 40 anos da Fórmula Honda. Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

Fórmula Honda 125 da Remaza Collection… linda de ver. Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

O capacete e o troféu de Paulo Mansi, Campeão Brasileiro de FH em 1979, mas a revista Duas Rodas da época e o regulamento de 1978. Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

As motos da Remaza Collection… Gostou? Vai lá conhecer… Av. Ibirapuera 2948 – São Paulo – Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

Santo Feltrin carenando a FH – Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

 

Dias mágicos: 8 de dezembro de 2018. a turma da Fórmula Honda, 40 anos depois – Foto Classic Riders Brasil / Wel Calandria / Motostory

Obrigado a todos em um ótimo 2019 para nós!

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Homenagem Motostory / ICGP Brasil https://d87.281.myftpupload.com/pt/homenagem-motostory-icgp-brasil-2/ https://d87.281.myftpupload.com/pt/homenagem-motostory-icgp-brasil-2/#respond Mon, 24 Oct 2016 12:23:38 +0000 https://motostory.com.br/?p=1033 O resgate da história da motocicleta no Brasil e o reconhecimento daqueles que fizeram a história acontecer. Este sempre foi o propósito maior do projeto Motostory. Em outubro de 2016 aconteceu no Brasil a última etapa do ICGP, ou International Classic Grand Prix. O evento, organizado pelo francês Eric Saul, ele mesmo um vencedor de etapa do Mundial, reúne as motocicletas que marcaram época entre os anos de 1970 a final de 1980. A etapa brasileira do evento, batizada de ICGP Brasil, foi organizada por Bob Keller, ele também um piloto do ICGP, colecionador de motos clássicas de corrida e, entre outras coisas, responsável pela introdução da Porsche Cup no Brasil.

Bob Keller, o idealizador do ICGP Brasil – Foto Eduardo Ibañez / ICGP Brasil

A associação do ICGP Brasil com o Motostory para a realização das homenagens em Goiânia parecia natural. “Eu já acompanhava o trabalho feito pelo Carlãozinho com o Motostory e achei que podíamos juntar forças para as homenagens em Goiânia. Foram homenageados nossos inesquecíveis heróis das pistas, da época de ouro da motovelocidade brasileira. Foi ótimo fazermos juntos. Conseguimos levar a Goiânia algumas personalidades marcantes da nossa história.” disse Bob Keller pouco depois do evento.

Homenagem ICGP Brasil e Motostory aos TZudos, em Goiânia, 23 de outubro de 2016. Na foto aparecem, da esquerda para a direita: As filhas de Adu Celso, Gabi e Carol, Luiz Senise acompanha Edgard Soares (Neto), Roberto Boettcher, Edmar Ferreira, Marco Greco, Milton Cigano Adib, Cristiano Vieira, Bob Keller (ICGP) Sidão Scigliano, Jacinto Sarachú, Lucílio Baumer, Kurt Feichtenberger, Julio Castroviejo representado o pai Paulinho, e Othon Russo. Foto Heraldo Galan / ICGP Brasil / Motostory

 

Tudo começou alguns meses antes, sem mesmo termos em mãos todas as confirmações necessárias. O que oferecer, como realizar a homenagem, quem apoiaria a iniciativa, quais pilotos ou familiares poderiam estar presentes, tudo definido e realizado por um pequeno grupo de abnegados. Nomes importantes não puderam estar presentes, pelos mais diversos motivos. Outros conseguiram alterar suas agendas para garantir presença. “Não perco isso por nada,”  – garantiu Cigano meses antes da prova. Maisa, sua esposa e companheira de vida confirmou: “O Milton ficou louco. Parou de fumar, resolveu perder peso e até foi para a academia, tudo o que eu vinha pedindo a ele há anos, aconteceu num piscar de olhos.”

Cigano: piloto aos 70 anos – Foto Eduardo Ibañez / ICGP Brasil

Além de podermos ver novamente na pista gente do calibre de Marco Greco, O Lagartixa, Cigano, Sidão Scigliano, Roberto Boettcher, Othon Russo e Edmar Ferreira, ainda tivemos a honra de receber Lucílio Baumer, Kurt Feichtenberger, Jacinto Sarachu, que veio do Uruguai especialmente para o evento, Miguel Panades, Francisco Moreno, o Paco, Marcelo Peixoto… alias, aqui faço um parenteses:

(Marcelo Peixoto é um dos mais competentes mecânicos / preparadores / restauradores da nova geração. Treinado pelas principais marcas de motocicletas do mundo, é o responsável pela oficina Tec Motors, parceira da MotorsCompany e preparador da Yamaha R1 Campeã das 500 Milhas de Interlagos em 2016, pilotada por Leandro Mello e Alan Douglas. Em Goiânia, diante de gente como Paco e Sarachú, Peixoto parecia uma criança deslumbrada olhando seus ídolos.)

Jacinto Sarachú, de costas, é tietado por Marcelo Peixoto (boné bege Motostory), Tec Motors / Motors Company – Foto Carlãozinho Coachman / Motostory

Foi um final de semana marcado pela emoção, do início ao fim. Primeiro, a emoção de retornar a Goiânia para ouvir o som das motocicletas 2 tempos mais uma vez depois de décadas… sentir aquele perfume de óleo misturado à gasolina especial… ver novamente as motos rasgarem a reta de quase 1 km gritando… encontrar nossos ídolos ou seus familiares… ouvir lembranças, ver e ter lágrimas escorrendo no rosto…

 

Edmar Ferreira emocionado ao encontrar com Carol Santos, filha do amigo e companheiro das pistas Adu Celso – Foto Eduardo Ibañez / ICGP Brasil

 

Em Goiânia, muitos e muitos anos atrás, fui apresentado a Kenny Roberts (The King), por outra lenda em termos de preparação: Masaharu Tanigawa, o Tani. Ganhei um boné assinado pelo King que infelizmente perdi ao longo da vida. Mas, o simples fato de pisar uma vez mais em Goiânia para ver e ouvir aquelas motos… “engasguei de novo!”

Tato Velludo deslumbrado em Goiânia, durante o ICGP Brasil 2016. A TZ com o mítico 9 de Gualtiero Tognocchi e a camiseta do Tucano – Foto Alexandre Heredia Seixas

Tato Velludo, grande piloto e preparador, também foi a Goiânia. Ligou antes para se certificar de que conseguiria estar no box: “Pode vir Tato, o evento é pequeno ainda, e nosso. Todos os que amam este esporte e entendem o significado deste evento são bem vindos, ainda mais alguém com a sua Motostory.” Ai, a surpresa: “Trouxe isso para você. Uma bota de Eddy Lawson! Calma, antes que você fale qualquer coisa, esta bota ele me deu aqui mesmo em Goiânia, durante o GP… o outro pé não sei para quem ele deu. É do Motostory agora!”

 

A bota de Eddy Lawson usada em Goiânia nos anos 80, foi um presente de Tato Velludo ao Motostory – Foto Carlãozinho Coachman / Motostory

As corridas foram emocionantes, como deveriam ser, e a performance de nossos pilotos foi memorável. Othon “Voador” Russo entrou numa epopeia para conseguir recuperar sua TZ em tempo de estar no evento. Durante os dois dias de treinos, quase enlouqueceu para fazê-la funcionar direito. “Não vou desistir não. Eu vim até aqui! Ela vai andar nem que seja um pouco!” Perseverante e lutador incansável, conseguiu realizar o sonho de pilotar sua moto em Goiânia.

Celebração pelo pódio de Boettcher na segunda bateria em Goiânia, com Othon Russo e Kurt Feichtenberger – Foto Eduardo Ibañez / ICGP Brasil

 

Os herdeiros

 

Se alguém ainda não tinha derrubado uma lágrima, foi praticamente impossível resistir à presença dos herdeiros de Edgard Soares, Paulinho Castroviejo  e Adu Celso. Para os pilotos que conviveram com eles, poder conhecer ou reencontrar com filhos e netos foi impagável. Edgard Soares Neto, acompanhado do tio Luiz Senise, foram a Goiânia e fizeram questão de empunhar a flâmula com a imagem do 46 mais importante da nossa história.

Edgard Soares Neto e Luiz Gustavo Senise seguram a Wind Flad da lenda Edgard Soares – ICGP Brasil 2016 – Foto Carlãozinho Coachman / Motostory

 

Julio Castroviejo, filho da Sonia e do Paulinho, ele também um piloto, foi a Goiânia receber uma medalha em nome dele. Chorou de emoção ao ver de perto a Ducati 750 que foi de seu pai, lindamente restaurada por Toninho Lopes e sua equipe.

 

Julio Castroviejo foi a Goiânia receber a homenagem em nome do pai, Paulinho Castroviejo – Foto Acervo pessoal

 

As filhas de Adu Celso, Gabi Neves e Carol Santos estiveram em Goiânia acompanhadas da mãe, Zinda. Gabi ainda levou o marido Alexandre Hell e o filho João, neto de Adu… sei que a língua portuguesa é repleta de palavras maravilhosas, mas é nesta hora que elas desaparecem da nossa mente. É difícil traduzir em palavras os sentimentos vividos naquele dia.

 

Gabi Neves, filha de Adu Celso, com o filho João, neto do nosso campeão, admirando a moto com a qual Adu brilhou nas pistas. Foto Acervo pessoal.

 

Ao final a certeza de que, se ainda não atingimos o patamar desejado em nosso trabalho, nem na captação das histórias, nem nas homenagens feitas, estamos definitivamente no caminho certo. Histórias antes esquecidas estão sendo propagadas pelos meios e eventos especializados… e este é o nosso papel.

 

Motostory agradece a confiança do ICGP Brasil, de pilotos, personagens e familiares.

 

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Encontros Motostory: Os TZudos https://d87.281.myftpupload.com/pt/encontros-motostory-os-tzudos/ https://d87.281.myftpupload.com/pt/encontros-motostory-os-tzudos/#respond Wed, 07 Sep 2016 11:33:15 +0000 https://motostory.com.br/?p=982 A Geração de Ouro da Motovelocidade Brasileira em mais um encontro memorável. O nome os TZudos surgiu como uma brincadeira entre a famosa designação das Yamaha de corrida das décadas de 70 e 80, as TZs, e seus pilotos, verdadeiros ídolos e galãs de uma geração. Seus principais nomes participaram de campanhas publicitárias, estampavam capas de jornais e eram modelos para ensaios de moda. Eram ou não eram?

Denisio Casarini estrelando anuncio dos cigarros Hollywood na década de 70 (Acervo pessoal / Motostory)

 

Antecipando a realização do ICGP Brasil, ou, International Classic Brasil, uma etapa do Campeonato Mundial de Clássicas de GP, o Motostory realizou mais um Encontro em São Paulo, desta vez no conhecido bar Johnnie Wash, do amigo Ricardo Medrano. O Arranjo para a realização do evento no local foi coordenado por Marcelo Abelha e Cinthia Morales (Mascotinha e Abelha), Embaixadores Motostory.

 

Embaixadores Motostory Cinthia Morales e Marcelo Abelha. Mascotinha Rider e Abelha: Foto acervo pessoal Cinthia

Uma geração de pilotos que teve início ainda no final da década de 60 e início dos anos 70, com gente do calibre de Edgard Soares, nesta altura um consagradíssimo ex-piloto, que montou uma das primeiras equipes Yamaha com pilotos incríveis.

Encontro Motostory: Os TZudos – Edgard Soares (In Memorian) e sua equipe

 

Paolo e Gualtiero Tognocchi, Carlos “Jacaré” Pavan, e os aclamados Denisio Casarini e Walter “Tucano” Barchi,  Adu Celso (primeiro brasileiro a vencer uma etapa do Mundial de Motovelocidade), Zeca Casarini, Milton Benite, Marco Antonio Greco, Antonio Bernardo Neto, Antonio Jorge Neto, Paulinho Castroviejo, Zezo Pontichelli, Claudio Girotto Filho, Carlos Jacaré Pavan, Othon Russo, Delmar Contra Pino Miniz, Mario Hélio Sanctos, Antonio Claret Costa, Ubiratan Rios, Birigui, Luiz Celso Gianinni, Tetsunori Inada, Boca Damineli, Sidão Scigliano, MiltonCigano Adib, Lucilio Baumer, Edmar Ferreira, Santo Feltrin, Adilson Cajurú Magalhães, até o surgimento de Alex Barros, último fruto desta linhagem de grandes pilotos.

 

Encontro Motostory: Os TZudos – Paulo Sergio Castroviejo (In Memorian)

 

Encontro Motostory: Os TZudos – Foto Classic Riders Brasil / Motostory

 

Encontro Motostory: Os TZudos – Tucano, Barros e Cajuru – Foto Classic Riders Brasil / Motostory

 

Encontro Motostory: Os TZudos – Baumer, Cigano e Tognocchi – Foto Classic Riders Brasil / Motostory

 

Além das grandes estrelas presentes, também motos raras abrilhantaram a noite graças à generosidade de Alexandre Zaninotto (Honda Remaza) e Bob Keller (ICGP Brasil).

 

Encontro Motostory: Os TZudos – Bob Keller e suas jóias, as TZ de Adu Celso e Lucílio Baumer – Foto Classic Riders Brasil / Motostory

 

Existe um ditado que diz: “Quem tem amigo, não morre pagão.” Faço uso deste para agradecer os clicks geniais de três grandes fotografos e amigos que estiveram no evento e nos cederam seus materiais (foto e Vídeo) Wel Calandria (Classic Riders Brasil), Haroldo Nogueira (SHEZ Fotografia) e Luciano Sampaio (Sampafotos). Sem eles não teríamos estas magníficas imagens daquela noite memorável para mostrar.

 

Encontro Motostory: Os TZudos – Luciano Sampaio (Sampafotos) e Suzane Carvalho – Foto Classic Riders Brasil / Motostory

 

Haroldo Nogueira com Ruy Ohtake, clicado por Carlãozinho Coachman – Motostory

 

Wel Calandria (Classic Riders Brasil) clicado por Haroldo Nogeuria (SHEZ Fotografia) – Motostory

 

Todo o esforço de pesquisa para a realização do Encontro Motostory, Os TZudos, ficou a cargo da voluntária incansável Maria celeste Sarachú, que, nas semanas que antecederam o evento, tratou de postar dezenas fotos e recordações de nossos ídolos. Ela, e João Simões, outro de nossos Embaixadores, foram também responsáveis pelo sucesso da noite.

 

5.000 cards foram distribuídos convidando para o evento!

 

Agradecimentos aos nossos apoiadores.

 

 

Realização: Motostory – A História da Motocicleta no Brasil

Patrocinio: COBREQ, Alemão Pneus, Riffel

Co-Patrocínio: Moto Remaza, Feltrin Motosport, Honda Pro Link e STR Honda

Apoio: CBM, FPM, Old Cycle, SHEZ Fotografia, Sampafotos, Museu da Moto de Tiradentes, Motorani, Tayo, Você Merece, Motos Classicas 70, Mascotinha Rider e Abelha, Johnnie Wash, Boi Motos, Sensei Preparação, Sig Visual, Ci & Ci Delicias, Classic Riders Brasil, ICGP Brasil, MotorsCompany, Tec Moto!

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Encontros Motostory: Vida sob Pressão https://d87.281.myftpupload.com/pt/encontros-motostory-vida-sob-pressao/ https://d87.281.myftpupload.com/pt/encontros-motostory-vida-sob-pressao/#respond Wed, 09 Mar 2016 16:18:18 +0000 https://motostory.com.br/?p=971 O terceiro Encontro Motostory: Vida sob Pressão, foi de longe o que teve a maior carga emocional. Impossível falar da vida de Milton Benite sem falar de Walter Tucano Barchi e Arnoldo Bessa. Tucano, um dos maiores pilotos de motocicletas que o Brasil produziu, teve sua carreira intimamente ligada à vida do piloto e preparador Milton Benite, ou Pressão. Arnoldo Bessa, para quem não sabe, é o fundador da revenda Honda Comstar e foi, durante anos, o Gerente Geral da Formula G, outra revenda Honda que fez história durante a sua gestão.

A dupla dinâmica Arnoldo Bessa e Milton Benite em Mônaco… eles fizeram história juntos! (Foto: acervo Milton Benite / Motostory)

 

Eles já tinham uma rica história pregressa, mas ao se juntarem, transformariam a própria história do negócio e do esporte. Foi da união deles que algumas das mais incríveis conquistas da motovelocidade brasileira aconteceram. As equipe Formula G e Comstar que disputaram as provas de resistência na Europa durante o final dos anos 70 e início do 80 não tiveram “apenas” grandes resultados esportivos. Conquistaram o respeito e admiração de pilotos, chefes de equipe e fabricantes que, incrédulos, testemunharam a performance avassaladora destes dois times brasileiros.

A equipe Formula G fez história nas provas de longa duração com Walter Tucano Barchi e Edmar Ferreira. (Foto acervo Milton Benite / Motostory)

Mas, o destino cruzou o caminho deles. O grave acidente sofrido por Benite em 2007 quase ceifou sua vida, e a transformou profundamente. Tucano, ao saber do acidente, preferiu não ir ao hospital visitar o amigo. Nunca foi na verdade, ver nenhum amigo acidentado. “Nunca tive estômago pra isso, sabe? Você entende?” Esperou que a condição do Pressão melhorasse, mas ela não melhorou. Ai veio a culpa por não ter estado lá, naquele momento tão delicado.. o Pai, Irmão e amigo estava caído… e ele não teve coragem de ir ver.

Na época do acidente, Alex Barros ainda era piloto do Mundial, e fez questão de deixar sua mensagem de apoio. “Força Pressão” ainda vale amigo, força sempre!

 

O tempo passou e a distância só fazia aumentar… na verdade, o medo da rejeição de lado a lado foi criando um abismo entre eles. Um abismo que parecia intransponível!

 

Mas, a oportunidade estava ali, presente… A costura para o reencontro foi algo delicado, absolutamente emocional… “Será que ele quer me ver mesmo?”… “Tem certeza?”… “Como será que ele vai me receber?”… Estas e outras perguntas, vinham de lado a lado.

 

Mas, o dia de homenagear a vida e a carreira de Milton Benite chegou… e eles estavam lá… todos eles… amigos de diversas partes do Brasil e de diferentes gerações vieram reverenciar o “Pressão.”

 

Foi então que o encontro magico aconteceu… 10 anos depois…

3o Encontro Motostory – Vida sob Pressão – Reencontro magico entre Milton Benite e Tucano. Foto Sampafotos / Motostory

 

… e não poderia ter sido melhor. Foi por isso que começamos nosso trabalho. É por isso que fazemos o que fazemos. É por momentos assim que nuca desistimos. Nunca!

A lista dos ilustres presentes ao evento é enorme, mas ela “quase” fica menor… na verdade ela fica mesmo menor do que aquele momento magico do reencontro dos dois.

Mas, a turma que compareceu assusta. Os preparadores Renato Gaeta, Fernando Boi, Marcelo Peixoto, Roney Moreira, Agnaldo Charuto e Marcelo Peixoto estavam lá. Os pilotos Antonio Bernardo Neto, Denísio e Zeca Casarini, Walter Tucano Barchi, Adilson Cajuru Magalhães, Paolo Tognocchi, Vail Paschoalin, Alex Barros, Cesar Barros, Marco Greco, Paulo Mansi, Gustavo e Dedé Ceccarelli, Santo e Cecílio Feltrin, Wilson e Carmem Yasuda, Claudio Girotto Filho, Kurt Feichtenberger, o ex-presidente da CBM Carlos Paes de Almeida (Zé Galinha), os jornalistas Rubens Trípoli, André Ramos, Ismael Baubeta, Eduardo Zampieri, Laner Azevedo (Indian Motorcycles), Renzo Querzoli, Geraldo Tite Simões, Celso Miranda, Luciano Sampaio, Wel Calandria (Classic Riders Brasil), Othon Russo, David Takeo, Eric Granado, Alvaro Cândido Filho (Paraguaio), Quinho Caldas… a lista vai longe…

 

De vez em quando alguém me pergunta? Mas porque você faz todo este esforço mesmo?

 

Por isso!

3o Encontro Motostory – Vida sob Pressão – Reencontro magico entre Milton Benite e Tucano. Foto Sampafotos / Motostory

 

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Encontros Motostory: Pioneiros do Cross https://d87.281.myftpupload.com/pt/encontros-motostory-pioneiros-do-cross/ https://d87.281.myftpupload.com/pt/encontros-motostory-pioneiros-do-cross/#respond Wed, 08 Apr 2015 19:09:21 +0000 https://motostory.com.br/?p=964 Foi no dia 8 de abril de 2015 que o Motostory proporcionou o reencontro de Pedro Bernardo Raimundo, o Moronguinho, Roberto Boettcher e Alvaro Cândido Filho, o Paraguaio, depois de mais de 30 anos sem se reunirem. Este evento, que reuniu a nata da história do cross no Brasil, seus primeiros ídolos e gerações de campeões, aconteceu no Frangaria, em São Paulo, e contou com o apoio de Curtlo, Bieffe, Mormai Knee Braces, Casa Fernandes de Pneus, America Sports, Feltrin Motosport e Alemão Pneus.

08/04/2015 – Encontros Motostory: Motocross – Lendas do cross – Foto Haroldo Nogueira / Motostory

Além das três lendas mencionadas acima, foi uma noite para relembrar aquele que certamente foi o primeiro grande ídolo do motocross nacional, Nivanor Bernardi. Uma de suas motos, uma Yamaha MX 250 de 1973, hoje na coleção da Sacramento, foi cedida pela Motorani e exposta no evento, modelos raro de se ver no Brasil, graças às regras de importação temporária para estas motos vigentes naqueles anos de importações proibidas. A grande maioria das motos de nosso ídolos era devolvida para a receita federal na época, para serem destruídas. estas, Felizmente, se salvaram!

A Yamaha MX 250 de 1973 que pertenceu a Nivanor Bernardi (Motorani) – Foto Haroldo Nogueira / Motostory)

Mas a noite foi, como tem sido, de encontros e reencontros. Estiveram presentes alguns dos maiores pilotos de cross de todos os tempos, como Jorge Negretti, Carlos Ourique Scateninha, Mauricio Scarano, Nuno Narezzi, Claudio Teixeira, Roque Colmann, Geraldo Starling, João Toledo (sim, o Mr. Suzuki foi um dos grandes do cross paulista e brasileiro nos idos anos 70), Cristiano Lopes, Rafael Ramos e o então Campeão Brasileiro da MX2 Hector Assumpção, Rogerio Nogueira, hoje Deputado Estadual, Wellington Valadares e Léo Dias.

08/04/2015 – Encontros Motostory: Motocross – Moronguinho, Tucano, Paraguaio, Boettcher e Hector Assumpção – Foto Haroldo Nogueira / Motostory

Além destes, personagens que marcaram época como o empresário Pedro Faus, responsável entre outras coisas pela criação da equipe Amparo Racing, da Revista Motosport, das etapas de Mundial que aconteceram em Campos de Jordão e da ida de Alex Barros para o Mundial de Motovelocidade.

08/04/2015 – Encontros Motostory: Motocross – Pedro Faus e Claudio Teixeira – Foto Haroldo Nogueira / Motostory

Antonio Sequeira, ele próprio um ex-campeão de Motovelocidade e ex-chefe de competições da Honda durante a era de ouro de Moronguinho, Paraguaio, Paraibinha e tantos outros.

08/04/2015 – Encontros Motostory: Motocross – Moronguinho e Antonio Sequeira – Foto Flavio Graná / Motostory

No dia do evento, sempre um desafio para nós do Motostory, momentos inesquecíveis dentro do carro com Moronguinho e Boettcher. No meio da conversa, soltei: “Ai Seu Elói, como dói!” Moronguinho caiu na gargalhada… Disse a ele: “Foi meu pai quem disse que, de quando em quando, ouvia você soltando esta frase para o Eloi Gogliano.”… sem conseguir para de rir, Moronguinho confessou: “É verdade! a primeira vez estávamos em um Latino Americano, se não me engano. Como corríamos as duas categorias, 125 e 250, e cada uma delas tinha treinos, tomada de tempo e duas baterias cada, ficávamos destruídos no final do dia. Estava alinhado para a largada da ultima bateria de 250 e o antebraço estava dolorido. Eu mexia nele quando o Eloi se aproximou com aquela cara de que pergunta – O que foi, que cara feia é essa? – respondi na – Ah Seu Eloi, como dói! – e o Carlão deveria estar por perto… Como você foi lembrar disso, Carlãozinho?

Nivanor (11) e Moronguinho (1): “Olhando para a moto do Niva está o Joel da Motoryama, meu primeiro patrocinador. Olhando para minha está o Borgoni, meu mecanico e preparador, grande amigo.” Foto e legendas Acervo Moronguinho / Motostory

 

Essas e outras histórias foram contadas durante o programa Supermotor, do Bandsports, comandado pelo amigo Celso Miranda, ele próprio um Motostory.

08/04/2015 – Encontros Motostory: Motocross – Maurinho, Moronguinho, Celso Miranda, Paraguaio, Flavio Grana e Boettcher – Foto Flavio Graná / Motostory

 

Realização: Motostory – A História da Motocicleta no Brasil

Patrocinio: CURTLO, Alemão Pneus, Casa Fernandes de Pneus, Bieffe, Mormaii Knee Braces

Co-Patrocínio: Feltrin Motosport, America Sports

Apoio: CBM, FPM, SHEZ Fotografia, Tayo, Moto 1000 GP, Band Sports (Você Merece), Frangaria, Boi Motos, Sig Visual

 

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Encontros Motostory: Daytona 83 346 https://d87.281.myftpupload.com/pt/encontros-motostory-daytona-83-346/ https://d87.281.myftpupload.com/pt/encontros-motostory-daytona-83-346/#respond Wed, 04 Feb 2015 20:01:58 +0000 https://motostory.com.br/?p=476
Netinho vence de forma avassaladora as 100 Milhas de Daytona no dia 12 de março de 1983 - Foto: AMA
Netinho vence de forma avassaladora as 100 Milhas de Daytona no dia 12 de março de 1983 – Foto: AMA

Estados Unidos, 21 de março de 1983: O Brasileiro Antonio Jorge Neto escrevia seu nove na história ao vencer uma das mais prestigiadas corridas de moto do mundo, as 100 Milhas de Daytona. Não foi apenas uma vitória, foi um desfile, já que Netinho derrotou a grande promessa americana da velocidade, Jim Felice, por acaxapantes 27 segundo de vantagem e outros 58 pilotos. Como se não bastasse ainda marcou a melhor volta da prova e o recorde da do circuito até aquele momento.

Netinho vence de forma avassaladora as 100 Milhas de Daytona no dia 12 de março de 1983 - Foto: AMA
A ficha de cronometragem das 100 Milhas (F2) de Daytona no dia 12 de março de 1983 – Foto: AMA

 

04/02/2015 - 1o Encontro Motostory: Daytona 83 349 - Jacinto Sarachú, Netinho, João Mendes - Foto: Haroldo Nogueira / Motostory
04/02/2015 – Encontro Motostory: Daytona 83 349 – Jacinto Sarachú, Netinho, João Mendes – Foto: Haroldo Nogueira / Motostory

Em fevereiro de 2015 o projeto Motostory realizaria o primeiro de seus Encontros: Daytona 83 346 em homenagem àquela vitória. Graças ao envolvimento de Maria Celeste Sarachú, a oportunidade foi também uma maneira de homenagearmos seu pai, Jacinto Sarachú, preparador de Netinho naquela prova. Também foi lembrada a presença de João Mendes, consagrado jornalista brasileiro e uma das poucas testemunhas da façanha de Netinho.

04/02/2015 - 1o Encontro Motostory: Daytona 83 349 - Programa Supermotor - Cesar Barros, João Mendes, Sarachú, Netinho, Celso Miranda - Foto: Haroldo Nogueira / Motostory
04/02/2015 – Programa Supermotor – Cesar Barros, João Mendes, Sarachú, Netinho, Celso Miranda – Foto: Haroldo Nogueira / Motostory

 

04/02/2015 - 1o Encontro Motostory: Daytona 83 349 - Programa Supermotor - Netinho, Celso Miranda - Foto: Haroldo Nogueira / Motostory
04/02/2015 – Programa Supermotor – Netinho, Celso Miranda – Foto: Haroldo Nogueira / Motostory

A iniciativa do Motostory e a parceria com o jornalista Celso Miranda, acabou gerando um dos melhores programas Supermotor, do canal pago Bandsports. Celso, ele próprio um personagem Motostory por sua longa história no jornalismo especializado, conduziu com maestria o encontro entre Sarachú, Netinho e João Mendes, sempre acompanhado de seu comentarista Cesar Barros.

04/02/2015 - 1o Encontro Motostory: Daytona 83 349 - Antonio Jorge Neto (Netinho), Carlãozinho e Milton Benite - Foto: Haroldo Nogueira / Motostory
04/02/2015 – Encontro Motostory: Daytona 83 349 – Antonio Jorge Neto (Netinho), Carlãozinho e Milton Benite – Foto: Haroldo Nogueira / Motostory

 

04/02/2015 - 1o Encontro Motostory: Daytona 83 349 - Carlãozinho, MAria Celeste Sarachú, Wilson Yasuda e Marco Greco Lagartixa - Foto: Haroldo Nogueira / Motostory
04/02/2015 – 1o Encontro Motostory: Daytona 83 349 – Carlãozinho, MAria Celeste Sarachú, Wilson Yasuda e Marco Greco Lagartixa – Foto: Haroldo Nogueira / Motostory

 

04/02/2015 - 1o Encontro Motostory: Daytona 83 349 - Foto: Haroldo Nogueira / Motostory
04/02/2015 – 1o Encontro Motostory: Daytona 83 349 – Foto: Haroldo Nogueira / Motostory

Foi uma noite especial que ficará marcada na memória de muitos, por ter sido o primeiro dos Encontros Motostory, e por ter reunido verdadeiras lendas do motociclismo nacional que se reuniram para homenagear Netinho, Sarachú e João.

 

 

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